BURNOUT NOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS: UMA ANÁLISE EM TEMPOS DE PANDEMIA
DOI:
https://doi.org/10.53681/dr69ch26Palavras-chave:
Burnout, Exaustão emocional, Despersonalização, Absentismo, Abandono da profissãoResumo
Diversos estudos sobre a Síndrome de Burnout demonstraram o seu grande impacto no mercado laboral, nomeadamente no absentismo, na intenção de deixar o cargo e na real saída do local de trabalho. Outros estudos provaram que sector da saúde é um dos sectores mais atingidos por esta síndrome. Por tal facto, torna-se importante avaliar a situação dos Terapeutas Ocupacionais em Portugal em relação à Síndrome de Burnout, no contexto de pandemia. Com este objetivo em mente, foi realizado um estudo do tipo quantitativo. Como instrumento de recolha de dados foi utilizado o Maslach Burnout Inventory - Human Service Survey em português. Quanto aos resultados, a maioria dos sujeitos da amostra (69,28% - 239 sujeitos) não revelou burnout em nenhuma das três dimensões da escala. Por outro lado, foram detetadas diferenças significativas na dimensão exaustão emocional entre quem faltou nos últimos seis meses e quem não faltou, revelando quem faltou uma maior exaustão emocional. Foi revelada também a existência de diferenças significativas – para pior - em todas as dimensões do burnout em quem pensou mudar de profissão ou de organização no último mês face a quem não pensou em tal. Finalmente, revelou diferenças significativas – também para pior – (i) nas dimensões exaustão emocional e despersonalização em quem pensou mudar de profissão nos últimos seis meses face a quem não pensou em tal e (ii) nas dimensões exaustão emocional e realização pessoal baixa em quem pensou mudar de organização nos últimos seis meses face a quem não pensou em tal.


